Toffoli rejeita pedido de ex-vice do Equador para barrar depoimentos de delatores da Odebrecht

Glas foi condenado em 2017 a oito anos de prisão por participar do esquema de subornos da construtora brasileira

Ministro Dias Toffoli participa da sessão plenária do STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu barrar o pedido de Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, de impedir depoimentos de delatores da Odebrecht (atual Novonor).

A decisão foi assinada nesta terça-feira 16. O político argumentou que o intuito seria evitar o uso de provas “ilícitas”.

Segundo o documento, executivos da empreiteira permanecem prestando depoimentos no exterior com base nos elementos de provas provenientes dos sistemas, mesmo após o STF determinar a nulidade das provas, em 2023.

No pedido, Glas cita notícias sobre depoimentos em julgamento nos Estados Unidos de executivos da Odebrecht no Equador.

Toffoli rejeitou o pedido por entender se tratar de uma “mera reiteração de pedido” já deferido nos autos”.

Além disso, segundo o ministro, a defesa de Glas não informou especificamente qual decisão judicial teria confrontado determinação do STF.


Glas foi condenado em 2017 a oito anos de prisão por participar do esquema de subornos da construtora brasileira Odebrecht e libertado em 2022 por um recurso legal.

Ele voltou a ser preso no dia 5 de abril deste após a polícia equatoriana invadir a embaixada do México no país. Ele havia solicitado asilo alegando “perseguição política”.

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