O ex-presidente Michel Temer afirmou neste domingo 24 que a tendência é que o MDB, seu partido, não apoie Lula (PT) e mantenha uma candidatura própria no primeiro turno. O político, no entanto, sinalizou positivamente para uma composição em um eventual segundo turno. As declarações foram dadas em entrevista ao blog de Andréia Sadi, do site G1.
“Pelo que tenho ouvido, o partido quer seguir com candidatura própria, não vejo condições para o apoio no primeiro turno”, destacou Temer ao ser questionado sobre o avanço das conversas da ala pró-Lula no MDB.
Segundo Temer, o avanço dos emedebistas pró-Lula em angariar apoio no partido ficou limitado por declarações de petistas que seguem classificando ele e outros integrantes da legenda como ‘golpistas’. O ex-presidente ainda reclamou das alegações que sua reforma trabalhista seja ‘escravocrata’.
“Eles mandam emissários, mas como vamos apoiar se eles falam que é golpe? Se falam que a reforma trabalhista, que eu fiz, é escravocrata? Querem destruir com meu governo”, reclamou Temer.
Os emissários citados por ele são os 11 líderes do MDB que dizem apoiar Lula já no primeiro turno e trabalham para adiar a convenção que irá lançar Simone Tebet como candidata do partido. Ela teria, no momento, apoio em 19 diretórios estaduais. A convenção, por ora, está mantida para quarta-feira 27. O senador Renan Calheiros, no entanto, prometeu judicializar a questão caso o partido aprove o nome da parlamentar como candidata.
Temer foi então questionado sobre a possibilidade do MDB apoiar Lula em um eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). Ele então sinalizou que a possibilidade existe: “Aí é outra conversa, é um outro tempo.”
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