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STF tem maioria para manter punição a militares que criticarem superiores em público

Os ministros analisam no plenário virtual da Corte uma ação proposta pelo então PSL contra um trecho do Código Penal Militar

STF tem maioria para manter punição a militares que criticarem superiores em público
STF tem maioria para manter punição a militares que criticarem superiores em público
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR
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O Supremo Tribunal Federal formou maioria para manter um trecho do Código Penal Militar que prevê punição a militares e oficiais que criticarem publicamente os seus superiores. A análise da ação acontece no plenário virtual da Corte e os ministros têm até às 23h59 desta quarta-feira 12 para depositar seus votos no sistema.

A norma analisada impõe prisão de um ano para o militar que critique atos de seus superiores ou assunto relativo à disciplina militar, bem como qualquer resolução do governo. A lei foi questionada em 2017 pelo então PSL (que se fundiu com o DEM para formar o União Brasil).

Para a sigla, a punição é “antiquada” e vai de encontro ao princípio da liberdade de expressão. A legenda ainda diz que vários policiais e bombeiros militares têm sido punidos com repreensões e até prisões devido às suas publicações em redes sociais.

Até o momento, sete magistrados votaram para manter a validade do trecho. Relator do caso, o ministro Dias Toffoli argumentou que a restrição se mostra “adequada e proporcional” e tem o objetivo de não “colocar em risco a segurança nacional e a ordem pública”

“Nessa esteira, não vislumbro qualquer descompasso entre o preceito questionado e o sistema normativo-constitucional vigente, uma vez que a norma contestada, a par de impor restrições, não limita, para toda e qualquer situação, o exercício da liberdade de expressão dos militares”, escreveu.

O entendimento de Toffoli foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, André Mendonça, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

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