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Sob gestão Ramagem, Abin gastou R$ 6 milhões em operação ilegal no Rio, diz site

Caso teria ligação com o esquema conhecido como ‘Abin Paralela’

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A Polícia Federal (PF) apurou que uma operação de inteligência ilegal foi realizada em comunidades do Rio de Janeiro em 2021 ao custo de, pelo menos, 6 milhões de reais. O caso tem relação o suposto uso irregular da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido como ‘Abin paralela’.

Segundo informações reveladas nesta quarta-feira 10 pelo site Poder360, a operação no Rio teve um custo estimado de 6 milhões de reais. Do total, 1,5 milhão teria sido gasto com informantes.

No centro das investigações, está o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiava a Abin no governo passado. Ele nega, até o momento, que tenha chefiado um esquema de espionagem ilegal.

De acordo com a publicação, a ação de inteligência paralela no Rio foi executada por agentes da PF próximos a Ramagem. A matéria também aponta que dois funcionários são investigados no caso específico: Victor Carneiro, ex-capitão do Exército e substituto temporário de Ramagen na Abin, e Felipe Arlotta, agente da PF.

Durante a investigação, a PF teria encontrado documentos sobre a operação no Rio na casa de Ramagem. Apesar dos arquivos não terem a identificação da Abin, o modelo encontrado é parecido com os produzidos pela agência. O título do arquivo é “Plano de Operações 06/2021”. No curso das investigações sobre a ‘Abin paralela’, a PF já encontrou outros documentos da agência de inteligência na casa de Ramagem.

Agora, a PF deverá investigar se existe relação entre as operações em comunidades do Rio e a eleição do próprio Ramagem como deputado no estado, nas eleições de 2022. 

Os agentes procuram saber se houve necessidade da ação específica, uma vez que, a princípio, ela seria distinta daquelas que normalmente são realizadas pela agência. A suspeita, nesse caso, é de desvio de função.

Os envolvidos no caso ainda não se pronunciaram sobre as denúncias reveladas.

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