CartaExpressa
‘Ser mulher em espaços de poder é sempre desafiador’, diz Serrano após demissão na Caixa
A servidora afirmou que não foi fácil ver seu nome na imprensa por meses, em meio à pressão do Centrão para derrubá-la
Demitida nesta semana do comando da Caixa Econômica Federal pelo presidente Lula (PT), Rita Serrano defendeu nesta quinta-feira 26 o seu legado na instituição. Ela também disse que “ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador” e que não foi fácil ver seu nome exposto na imprensa por meses, em meio à pressão do Centrão para derrubá-la.
“Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho”, disse Serrano, em mensagem publicada nas redes sociais.
Ela declarou que a transição para a nova chefia do banco ocorrerá “nos próximos dias”. O escolhido para substituir Rita Serrano é o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado pelo Centrão. Aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Vieira é servidor público desde 1982 e funcionário de carreira da Caixa.
Ele foi secretário-executivo do Ministério das Cidades na gestão de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), durante o primeiro governo de Dilma Rousseff (PT). Também também presidiu a Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, entre 2016 e 2022.
Relacionadas
CartaExpressa
Lula critica ‘grupo de negacionistas’ que ‘vendem mentiras’ sobre o RS
Por Wendal CarmoCartaExpressa
Líder do governo diz que Lula quer entendimento com Lira sobre sucessão na Câmara
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lira decreta luto na Câmara após morte de deputada bolsonarista Amália Barros
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula adia viagem ao Chile para acompanhar enchentes no Rio Grande do Sul
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.