CartaExpressa
Senador bolsonarista ligou para diretora de empresa envolvida em escândalo das vacinas
Celular de Emanuela Medrades, da Precisa Medicamentos, tem registros de ligações de Luis Carlos Heinz cinco dias após da criação da CPI
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), um dos maiores defensores do governo federal na CPI da Covid, ligou ao menos quatro vezes para Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos. A informação é da Folha de S.Paulo.
De acordo com o jornal, Emanuela teria sido procurada antes do escândalo envolvendo o contrato de 1,61 bilhão de reais para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin.
As ligações do parlamentar foram feitas no dia 18 de abril, cinco dias depois da CPI ter sido criado. A instalação só ocorreu em 27 de abril, nove dias após as ligações para a diretora da Precisa Medicamentos.
O senador assumiu uma vaga titular na CPI da Covid, com a nomeação de Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil do governo Jair Bolsonaro.
O celular da diretora também registra oito chamadas de um telefone usado por um capitão-de-mar-e-guerra com cargo de gerência no Ministério da Defesa.
As ligações do celular usado pelo militar foram feitas em 22 e 23 de julho de 2020. Segundo fontes ouvidas pela publicação, a secretaria onde ele atua fez prospecções por insumos como seringas, agulhas e testes.
As informações dos registros estão no relatório da quebra do sigilo telefônico da diretora da Precisa, determinada pela CPI.
Relacionadas
CartaExpressa
Total de feridos após temporais no Rio Grande do Sul sobe para 754
Por CartaCapitalCartaExpressa
A nova proposta de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio: proibir convênios com ONGs ‘comunistas’
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF declara inconstitucional lei que limita participação de mulheres em concurso da PM do DF
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.