CartaExpressa

Senado volta a debater PEC para barrar militares na política

Proposta é defendida pelo Ministro da Defesa, José Múcio

Foto: Exército Brasileiro/Reprodução
Apoie Siga-nos no

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que poderá restringir o acesso de militares da ativa a cargos políticos voltou a ser discutida no Senado.

Nesta quinta-feira 18, a Casa realizou uma sessão para debater o tema. A ideia da PEC é aumentar o tempo de serviço exigido para que membros das Forças Armadas possam concorrer em eleições sem que percam suas respectivas remunerações.

O Ministro da Defesa, José Múcio, fez uma defesa da PEC. Em audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Múcio usou a expressão “proselitismo do político” para caracterizar militares que se lançam a cargos, são derrotados e voltam aos quartéis.

“Quando nós mandamos para cá um projeto dizendo que nós incentivamos militares a ir para política, mas não voltar para os quartéis, é porque ele volta com proselitismo do político e começa a competir com o poder hierárquico do comandante dele”, afirmou o ministro na audiência.

Múcio é um dos articuladores da proposta, cujo autor é o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Atualmente, caso um militar seja eleito, ele pode manter os seus vencimentos, caso tenha mais de dez anos de serviço. Caso não seja eleito, ele pode retornar à ativa.

A PEC, por sua vez, torna as regras mais rígidas, propondo que militares sejam transferidos para a reserva – não remunerada – ao registrarem candidaturas. A exceção valeria para militares com mais de 35 anos de serviço.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar