Senado ouvirá Guedes e presidente da Petrobras sobre combustíveis: ‘Não dá para aceitar esse preço’

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um convite, nesta terça-feira 9, para que os ministros Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, esclareçam a disparada nos preços de combustíveis. A data ainda será oficializada.

O autor do requerimento aprovado é o presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA). “Não há uma explicação por parte do governo. A necessidade é de que a Petrobras possa trabalhar com transparência”, argumentou. “70% do custo do refino do petróleo no Brasil é em real. Não há como aceitar esse preço de paridade internacional todo baseado no dólar.”

Na segunda-feira 8, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a privatização da Petrobras, durante contato com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. A declaração veio no dia em que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis informou que o preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 2,25% na semana passada e atingiu 6,7 reais por litro. O preço máximo registrado foi de 7,99 reais, no Rio Grande do Sul.

“Eu falei para estudar essa possibilidade [da privatização]. Eu indico o presidente, não tenho influência em nada. Se eu tentar influenciar no preço, eu respondo. Tem que privatizar não para se transformar em um monopólio privado, tem que abrir bastante. Mas não é rápida, também, essa privatização. É uma empresa estratégica”, disse Bolsonaro aos militantes.

Segundo a ANP, a semana passada foi a 5ª consecutiva com elevação nos preços. Em 20 estados é possível encontrar o litro da gasolina a mais de 7 reais: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.