CartaExpressa

Secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia pede demissão

A quinta-feira também foi de baixas no Ministério da Economia, que perdeu quatro secretários

Secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia pede demissão
Secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia pede demissão
José Mauro Coelho. Foto: Foto: Ministério de Minas e Energia
Apoie Siga-nos no

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, pediu demissão nesta quinta-feira 21. A informação foi confirmada pela pasta.

Horas antes, durante viagem a Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo pagaria um auxílio a 750 mil caminhoneiros para compensar o aumento no preço do diesel. Não explicou, porém, de onde sairiam os recursos.

Mauro Coelho ocupava o posto desde abril de 2020 e, segundo o MME, seguirá para a iniciativa privada. “Após o período regulamentar de quarentena, José Mauro retornará ao setor energético nacional, agora para assumir novos desafios na iniciativa privada brasileira”.

O dia foi de baixas também no Ministério da Economia. A principal delas é a exoneração do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal. Também pediram demissão Jeferson Bittencourt (secretário do Tesouro Nacional), Gildenora Dantas (secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento) e Rafael Araújo (secretário-adjunto do Tesouro Nacional).

De acordo com a pasta, os pedidos de demissão se deram por razões pessoais. A debandada ocorre no dia em que a Câmara dos Deputados, com o apoio do governo de Jair Bolsonaro, articula uma abertura no Orçamento para bancar o Auxílio Brasil de 400 reais, visto como prioritário para a campanha do presidente à reeleição.

O relator da PEC dos Precatórios na Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), sugeriu alterar a regra de correção do teto de gastos. Atualmente, ela considera o IPCA apurado entre julho de um ano e junho do ano seguinte. A proposta é mudar para janeiro a dezembro, com valores retroativos a 2016.

Essa medida, aliada ao parcelamento das dívidas judiciais (precatórios) de 2022, abriria 83 bilhões de reais no Orçamento do ano que vem.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo