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‘Se o PT quer apoiar o PSOL em 2024, que apoie em 2022’

PSOL não considera lançar Boulos à Câmara e defende palanques próprios

‘Se o PT quer apoiar o PSOL em 2024, que apoie em 2022’
‘Se o PT quer apoiar o PSOL em 2024, que apoie em 2022’
Guilherme Boulos e Fernando Haddad. Fotos: Divulgação e Ricardo Stuckert
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O possível desejo do PT de ‘tirar’ Guilherme Boulos da disputa pelo governo de São Paulo em 2022 é visto em parte do PSOL como “expressão do hegemonismo” petista.

Pessoas próximas ao líder do MTST, que chegou ao 2º turno da corrida à prefeitura da capital paulista em 2020, avaliam que não é razoável que o PT tente impedir o PSOL de apresentar candidaturas próprias no ano que vem.

Entendem, ainda, que a postura do PT é a de um partido que não busca a unidade.

Nesta terça-feira 15, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que o PT busca viabilizar uma chapa com o PSOL em que Fernando Haddad seria o candidato ao governo paulista. Segundo a publicação, os psolistas escolheriam o vice e o candidato ao Senado. A Boulos restaria disputar o cargo de deputado federal e, em 2024, voltar a tentar a prefeitura de São Paulo, com o apoio do PT.

“Se o PT quer apoiar o PSOL em 2024, que apoie em 2022”, resume uma pessoa que acompanha de perto o episódio. A CartaCapital, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, reforçou que o partido lançará Boulos ao governo de São Paulo.

“Estamos procurando todos os partidos de oposição para discutir uma estratégia comum para derrotar os tucanos, mas não está na mesa de negociação qualquer tipo de acerto sobre troca de apoios. Boulos é o candidato do PSOL ao governo do estado”, declarou Medeiros.

A CartaCapital, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, negou a existência dessa discussão.

“Temos o maior respeito ao PSOL e ao companheiro Boulos, que tem toda legitimidade para se apresentar como candidato. Assim como o PT e o companheiro Haddad também. Mas, óbvio que construir um caminho comum das oposições em São Paulo para renovar a governança do estado é também nosso objetivo”, disse Gleisi.

Ela afirmou considerar a notícia publicada pela Folha de S.Paulo “fruto de intriga e tentativa de dividir a oposição em São Paulo”.

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