O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu nesta segunda-feira 8 a separação entre os militares e a política. Ele afirmou que membros das Forças Armadas podem disputar eleições, mas não devem ter a chance de retornar à caserna.
“Quando vai para a política, você começa com proselitismo da candidatura e das ideias. Quando perde a eleição, você volta com isso aos quartéis e começa a criar grupos políticos e perde o foco principal das Forças Armadas”, disse Múcio no Rio de Janeiro. “Acho que se quer ir para a política, vá. Mas se for, fica lá.”
O governo Lula prepara uma PEC a obrigar militares da ativa a se desvincularem das Forças Armadas ao decidirem participar da política. Conforme o texto articulado, militares que disputarem uma eleição serão compulsoriamente enviados para a reserva. Se não tiverem atingido o tempo mínimo necessário para entrar na reserva, serão desligados da Força em que servem.
A avaliação de Múcio contrasta com a opinião do general da reserva Marcos Antonio Amaro do Santos, empossado como ministro do Gabinete de Segurança Institucional na semana passada. Santos não considera adequada uma mudança na Constituição para forçar militares a deixarem as Forças caso pretendam disputar eleições ou assumir ministérios.
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