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‘Se Alckmin for igual a mim, Lula vai ter grande vantagem’, diz Temer em evento nos EUA

Para o emedebista, a composição entre os dois adversários teria sido vantajosa para Lula, mas, possivelmente, não para Alckmin

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) analisou neste sábado 9 a aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para disputar as eleições de outubro deste ano. Segundo defendeu, a composição teria sido vantajosa para Lula, mas, possivelmente, não para Alckmin. Temer também respondeu as comparações entre ele o ex-tucano.

“Para o ex-presidente Lula, foi muito boa uma aliança com o Geraldo Alckmin, eu não sei se foi bom para o Alckmin, porque você sabe que vão estourar, como estão estourando, outros embates eleitorais que tiveram com palavras, digamos assim, bastante agressivas em relação aos candidatos”, disse Temer no evento Brazil Conference, realizado nos Estados Unidos.

Temer também foi provocado a comentar as comparações que vem sendo feitas entre ele e Alckmin. Questionado se o ex-tucano poderia ser o autor de um ‘golpe’ como fez Temer no governo Dilma Rousseff, o emedebista ironizou, negando classificar o impeachment da petista como golpe:

“Eu acho que essa história de que o Geraldo Alckmin possa ser igual a mim, por mim, aqui toda a modéstia de lado, se for igual a mim, acho que o Lula vai ter uma grande vantagem”, respondeu Temer.

A comparação é feita, em especial, por setores da esquerda, incluindo alas do PT, contrários à formação da chapa entre Lula e Alckmin. Lula, publicamente, tem defendido o novo aliado alegando se tratar de um democrata que sempre respeitou os resultados eleitorais, diferentemente de Aécio Neves, ex-colega de partido do postulante ao vice, e do atual presidente Jair Bolsonaro.

Ainda no evento, Temer sinalizou que pretende manter a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) como cabeça de chapa da terceira via. O partido busca uma composição com União Brasil, PSDB e Cidadania. A aliança poderia contar ainda com a presença do Podemos. Para ser concretizada, no entanto, as siglas terão que entrar em um acordo sobre os nomes indicados, o que ainda estaria longe de se concretizar pela quantidade de postulantes ao cargo.

“O eleitorado pode achar que um dos polos pode ser eleito. Muito bem, e se eleitos forem, assume o mandato e cumpre o mandato. Mas ele deve ter a possibilidade de não querer nenhum dos polos e tem direito a ter uma outra opção. A ideia de mais de uma via seria importante para o eleitorado”, disse Temer sobre a composição.

(Com informações do Estado de S. Paulo)

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