Alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos culminados no 8 de Janeiro, o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) é o líder da oposição na Câmara dos Deputados.
Próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jordy chegou à Câmara em 2019, depois de ter sido eleito no pleito de 2018. Já em 2022, o bolsonarista obteve 114 mil votos no estado do Rio de Janeiro.
Antes, Jordy tinha sido vereador em Niterói (2017-2019), cidade em que pretende se candidatar a prefeito na eleição deste ano.
As suspeitas de envolvimento de Jordy com o 8 de Janeiro não são de agora. No início do ano passado, o Grupo Prerrogativas – corpo de juristas ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – chegou a pedir a suspensão da posse de Jordy na Câmara.
O argumento era que ele e outros deputados tinham incitado os ataques às sedes dos Três Poderes. O pedido, entretanto, foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Apesar de estar na mira da Operação Lesa Pátria, o próprio Jordy já tinha se manifestado sobre o tema na Câmara. O parlamentar chegou a apresentar um pedido de impeachment contra Lula, em março do ano passado.
O bolsonarista argumentava que o presidente teria sido omisso no 8 de Janeiro, de modo que teria cometido crime de responsabilidade. O pedido, porém, foi arquivado pela Câmara.
Outro caso recente envolvendo Carlos Jordy aconteceu em 2022, quando o parlamentar foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de cerca de 66 mil reais ao youtuber Felipe Neto. Na ocasião, Jordy associou o influenciador ao massacre ocorrido em uma escola pública em Suzano (SP), em 2019. A acusação foi feita através de postagem no antigo Twitter, sem apresentar provas.
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