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Queiroga diz que orientou veto a lei que facilitaria o acesso a remédios contra o câncer
Segundo o ministro, a medida pode aumentar o preço dos planos de saúde; governo avalia outras maneiras de implementá-la
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que recomendou ao presidente Jair Bolsonaro o veto à lei que facilita o acesso a remédios orais contra o câncer, mas que pretende estudar outro caminho para que a medida seja implementada.
Ao vetar a lei, o governo federal havia dito que a matéria prejudicaria o mercado dos planos de saúde. O texto obriga os serviços privados a oferecer os medicamentos em 48 horas, enquanto os prazos atuais podem levar pelo menos um ano, devido a burocracias da Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Queiroga afirmou que a pasta avalia lançar uma Medida Provisória que reduza o prazo da ANS e que, ao mesmo tempo, assegure o exame de segurança, eficácia e custo. Segundo ele, o projeto de lei pode incorrer em alta dos valores dos planos de saúde para os beneficiários.
“As operadoras vão repassar para os beneficiários, gerando aumento dos preços dos planos de saúde”, disse Queiroga, em entrevista coletiva em Brasília.
O veto de Bolsonaro, no entanto, ainda pode ser derrubado pelo Congresso Nacional.
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