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PSOL pede investigação sobre compra de aparelho espião pelo governo

Reportagem do Uol revelou uma crise com os militares pela atuação de Carlos Bolsonaro na aquisição do objeto

O vereador Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro seriam os principais envolvidos na operação do 'gabinete do ódio'. Foto: Reprodução/Facebook
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O PSOL entrou com uma representação no Ministério Público Federal que pede a investigação sobre aquisição de um avançado programa de espionagem desenvolvido em Israel.

Os deputados do partido também querem entender o porquê da articulação ser feita pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, junto ao ministro da Justiça, o que gerou uma disputa com o alto comando militar.

Segundo reportagem do UOL, “de acordo com fontes, o objetivo final de Carlos Bolsonaro é usar as estruturas do Ministério da Justiça e da PF (Polícia Federal) para expandir uma “Abin paralela”, na qual tenha grande influência”.

Para a líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone, o ato, além de improbo, é inconstitucional e confirma o intuito de contaminar a gestão pública com ameaças e aparelhamentos.

“Precisamos entender qual o intuito por trás da compra de um dispositivo como esse. Em plena pandemia , a prioridade deste governo se volta para aquisição de instrumentos usados para perseguir. E mais, por que estaria Carlos Bolsonaro, filho do presidente, articulando a contratação deste serviço para operar no Brasil? Sabe-se que o uso dessa ferramenta israelense dependerá apenas de quem controlará o sistema, ou seja, ela põe em risco a privacidade de pessoas, sobretudo de jornalistas e de quem faz críticas ao governo. Isso precisa ser apurado com o máximo rigor”, disse a deputada.

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