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PRF diz assistir ‘com indignação’ à abordagem que matou Genivaldo por asfixia
‘Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes’, afirma a corporação em nova manifestação


A Polícia Rodoviária Federal se manifestou no fim deste sábado 29 sobre a ação de agentes que levou à morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Sergipe, na última quarta-feira 25.
Em um vídeo, o coordenador-geral de comunicação institucional da PRF, Marco Territo, diz que a corporação assistiu “com indignação aos fatos ocorridos em Umbaúba”.
“Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes em cursos e manuais da nossa instituição. A ocorrência desta última quarta-feira e a morte recente de dois PRFs no Ceará implicaram na avaliação interna dos padrões de abordagens.”
Territo se refere a um episódio ocorrido em 18 de maio em Fortaleza que levou à morte de dois policiais rodoviários federais. O crime aconteceu em um trecho da rodovia BR-116 com a Avenida Oliveira Paiva, no bairro Cidade dos Funcionários.
“Afirmo que já estamos estudando os nossos procedimentos de formação de aperfeiçoamento e operacionais para ajustar o que for necessário para prestar um serviço de excelência”, prosseguiu a PRF. “A instituição não compactua com qualquer afronta aos direitos humanos.”
Na última sexta-feira 27, o escritório de Direitos Humanos da ONU para a América do Sul divulgou um comunicado em que solicita às autoridades brasileiras uma investigação “célere e completa” sobre a morte de Genivaldo.
Um dia antes, ouvidores de Polícias de seis estados encaminharam ofício aos órgãos de controle da atividade policial e do sistema de segurança pública federal solicitando a imediata prisão preventiva dos agentes da PRF responsáveis pela morte do homem de 38 anos.
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