Pressionado por dividendos, Prates se reúne com Lula nesta segunda-feira

A Petrobras anunciou que pagaria R$ 14,2 bilhões em dividendos do último trimestre; expectativa abaixo do esperado levou à perda de valor de mercado

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Em meio ao anúncio, feito na semana passada, de que iria distribuir dividendos aos investidores em valores menores em relação aos últimos anos, a Petrobras passa por discussões internas sobre o tema.

Nesta segunda-feira 11, por exemplo, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, vai se encontrar com o presidente Lula (PT), em Brasília (DF). Ambos devem tratar da decisão da Petrobras de adiar a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas.

Graças a uma mudança feita no ano passado, a Petrobras reduziu o percentual do fluxo de caixa livre que distribuía aos acionistas. Dos 60% que estavam vigentes desde 2011, o percentual caiu para 45%.

Dessa forma, a companhia confirmou que distribuirá 14,2 bilhões de reais em dividendos para o último trimestre do ano passado. O montante é abaixo do que esperava o mercado, o que fez a petroleira perder 55,3 bilhões de reais em valor de mercado na última sexta-feira 8.

Prates garante que não partiu de Lula nenhuma decisão sobre a mudança na política de dividendos. 

“O presidente não deu nenhuma ordem sobre a questão dos dividendos. Nós estamos discutindo isso com o acionista majoritário, dentro dos espaço possíveis. Houve uma discussão a tempo do anúncio do balanço, havia necessidade de fechar o balanço. E foi definido que a gente adiaria a discussão”, disse Prates, em entrevista publicada hoje pelo portal G1.


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1 comentário

joao medeiros 11 de março de 2024 19h02
Nunca vi uma empresa ser assediada e emparedada para remunerar seus acionistas com lucros exorbitantes, que saibamos o mundo está em processo de mudança de matriz energética e, é fundamental, para qualquer empresa, investimentos pesados em exploração, pesquisa e abertura e diversificação de novos mercados. A vale também é outra que não deveria ter o monopólio de lavra das nossas reservas. Temos que privatizar a iniciativa privada, literalmente.

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