O requerimento para instalar uma CPI sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro no Senado não obteve o número mínimo de assinaturas necessárias. O prazo estabelecido pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se encerrou na última sexta-feira 17.
O pedido foi originalmente protocolado pela senadora Soraya Thronicke (União-MS) em janeiro e conquistou mais que as 27 assinaturas exigidas. Com a posse da nova legislatura no início de fevereiro, porém, Pacheco determinou que os senadores confirmassem seu apoio à abertura da comissão.
Ao final do prazo, apenas 15 apoiadores chancelaram a adesão ao requerimento. Pacheco tomou a decisão de solicitar a reafirmação das assinaturas após Thronicke acionar o Supremo Tribunal Federal e cobrar a instalação da CPI a partir das assinaturas obtidas antes da troca de legislatura.
Agora, se desejar insistir em sua tentativa de instalar a comissão, a senadora terá de buscar assinaturas para protocolar um novo requerimento.
O governo Lula é contrário à criação de uma CPI ou de uma CPMI para investigar os ataques de terrorismo promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes. Assim, partidos da base governista que haviam inicialmente assinado o requerimento retiraram o apoio à instalação.
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