CartaExpressa
Policiais serão ouvidos na segunda fase da transição, diz Mercadante
Um dos escalados para atuar na interlocução com os policiais é o delegado federal Andrei Passos, responsável pela segurança de Lula durante a campanha


Coordenador dos núcleos temáticos do governo de transição, Aloizio Mercadante (PT) afirmou, nesta quinta-feira 17, que policiais civis, militares, federais e rodoviários federais devem ser ouvidos durante a segunda fase das discussões feitas pelo grupo de Justiça e Segurança Pública. A declaração foi dada a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.
“[Os policiais] serão ouvidos, vão participar decisivamente, porque [o grupo temático] Justiça é Justiça e Segurança Pública. Vão compor nessa segunda fase. Está sendo feito com esse cuidado para poder conduzir de uma forma que possam ser ouvidos e ter resultados”, disse Mercadante.
Um dos escalados para atuar na interlocução com os policiais é o delegado federal gaúcho Andrei Passos, que cuidou da segurança de Lula durante a campanha presidencial.
Mercadante ainda disse que os nomes do GT da Defesa serão avalizados pelo presidente eleito antes de serem anunciados. O petista deve retornar do Egito, onde participa da Conferência do Clima da ONU, no sábado 19.
“No GT de Defesa, vamos ter excelente composição, mas só vamos bater martelo com o presidente. Como ele viajou, nós vamos aguardar. Não faz diferença nenhuma. Não tem maiores preocupações em relação a essa agenda. Não tem nenhuma dificuldade e nós faremos uma boa solução”, declarou.
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), havia instituído o número de 31 grupos de trabalho em diversos temas, mas ainda não anunciou os participantes de todas essas equipes. Até agora, a equipe de transição conta com 13 integrantes nomeados e 271 voluntários.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Sugestões do governo de transição para ‘revogaço’ serão entregues até dezembro, diz Mercadante
Por Victor Ohana
Mantega deixa o governo de transição e critica ‘tumulto’ gerado por adversários
Por CartaCapital