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Polícia do Ceará afirma que Zara usava código para ‘alertar’ a presença de negros
Investigações apontam que o procedimento foi registrado diversas vezes, inclusive fora do País

A Polícia Civil do Ceará concluiu em investigações que loja Zara, no Shopping Iguatemi, em Fortaleza fazia uso de um código secreto para que os funcionários ficassem atentos quando um negro acessasse o estabelecimento.
O sistema de som da loja era responsável por emitir o som de alerta com a expressão ‘Zara Zerou’.
O delegado-geral da Polícia do Ceará, Sérgio Pereira, considerou o procedimento “absurdo” e “inaceitável”. “Testemunhas que trabalharam no local alegam que eram orientadas a identificar essas pessoas com estereótipos fora do padrão da loja. A partir dali, ela era tratada como uma pessoa nociva, que deveria ser acompanhada de perto. Isso geralmente ocorria com pessoas com roupas mais simplórias e ‘pessoas de cor'”, declarou.
Ainda de acordo com Pereira, o ‘tratamento da Zara’ foi registrado diversas vezes, inclusive fora do País, e demandou pagamento de indenização.
As investigações acerca da conduta da rede de lojas começou depois que uma advogada denunciou o fato de ter sido impedida de acessar o estabelecimento em setembro. A delegada Ana Paula Barroso registrou um boletim de ocorrência, à época, e a resposta que teve era que se tratava de uma ‘questão de segurança’ do shopping. O gerente da loja que a expulsou, Bruno Felipe Simões, foi indiciado por racismo e o inquérito foi encaminhado à Justiça.
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