A Polícia Federal reabriu a investigação contra Adélio Bispo, autor da facada contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. No início de novembro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região autorizou a retomada do processo.
A decisão do TRF-1 permite que os investigadores utilizem dados do Banco Central sobre movimentações financeiras de contas que estão em nome do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu Bispo na época em que ocorreu a facada.
De acordo com o jornal, o delegado Rodrigo Morais Fernandes analisará os dados bancários e o conteúdo do celular apreendido com o advogado em uma operação de busca e apreensão em dezembro de 2018.
Em 2018, a 3ª Vara de Juiz de Fora havia determinado que o advogado fosse submetido a quebra de sigilo bancário e a operações de busca e apreensão. A medida, no entanto, foi suspensa pelo desembargador Néviton Guedes, relator do processo no TRF-1.
A interrupção nas investigações sobre o advogado atendia a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil. A entidade alegava que a medida violava o estatuto da advocacia, que prevê garantias ao livre exercício da profissão e o sigilo de informações trocadas entre o cliente e o defensor, de modo que o advogado realize seus trabalhos sem temor de perseguição. A suspensão, porém, foi derrubada.
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