PF investigará esconderijo de Bolsonaro em embaixada da Hungria

O objetivo da corporação é entender se há conexão com outras apurações em andamento - por exemplo, sobre a trama golpista de 2022

Agentes da Polícia Federal deixam a sede do PL, em Brasília, após operação que mirou Jair Bolsonaro e aliados em 8 de fevereiro de 2024. Foto: Sergio Lima/AFP

Apoie Siga-nos no

A Polícia Federal decidiu investigar a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao se esconder na embaixada da Hungria em Brasília em fevereiro, dias após a corporação deflagrar operação sobre uma trama golpista para impedir a posse de Lula (PT) em 2022.

Em 8 de fevereiro, na Operação Tempus Veritatis, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, uma medida cautelar determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Quatro dias depois, o ex-capitão foi à representação húngara, onde passou duas noites.

A estadia veio à tona nesta segunda-feira 25, em reportagem do jornal The New York Times. Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que a hospedagem ocorreu “para manter contatos com autoridades do país amigo”.

Embora a PF tenha decidido apurar as circunstâncias do episódio, não abrirá um novo inquérito. Neste momento, o objetivo da corporação é entender se há conexão com investigações em andamento – por exemplo, aquela a mirar a conspiração após a eleição de 2022.

A operação deflagrada em fevereiro fechou o cerco sobre Bolsonaro, militares de alta patente e ex-ministros. Os fatos analisados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.