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PF identifica que autores de atentado em Brasília participaram de atos de vandalismo uma semana antes
Além do empresário George Washington de Oliveira Sousa, preso preventivamente, e de Alan Diego Rodrigues, foragido, mais dois bolsonaristas foram detectados pela PF


A Polícia Federal identificou que um mesmo grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro é responsável pela tentativa de atentado com bomba, no último sábado 24, e pelos atos de vandalismo, em Brasília, uma semana antes, onde carros e ônibus foram depredados e queimados.
Além da participação do empresário George Washington de Oliveira Sousa, que se encontra preso preventivamente no Complexo da Papuda, a PF detectou a participação de mais três bolsonaristas no planejamento dos atos, segundo informações compartilhadas com a Polícia Civil do DF.
Um deles, inclusive, foi citado por Sousa em depoimento à Polícia, Alan Diego Rodrigues, que seria o responsável por ter instalado o explosivo no caminhão. O artefato falhou e foi desativado antes de explodir.
Nesta terça-feira, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) disse que o suspeito pode ter fugido da capital federal e que as buscas a ele continuam.
O próximo passo da investigação será buscar os financiadores desses manifestantes e a origem do dinheiro. A apuração da PF já obteve indícios de que eles gastaram R$ 160 mil na aquisição de um arsenal de armamentos.
A investigação da PF tramita em paralelo à da Polícia Civil. Enquanto a Civil começou a apurar o fato específico da tentativa de um atentado com bomba e da posse de armamento ilegal, o foco inicial da PF era nos danos ao seu patrimônio e eventual lesão corporal aos policiais federais, mas acabou ampliando seu objeto para também investigar suspeitas de crimes contra o estado democrático e de terrorismo, que são de competência federal.
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