A Polícia Federal (PF) apreendeu, na última segunda-feira 8, em Rondônia (RO), um arsenal, munições e duas caixas de pólvora na casa de um dos alvos da 23ª Fase da Operação Lesa Pátria, que investiga pessoas suspeitas de terem executado, financiado e planejado os ataques do 8 de Janeiro.
A PF, porém, não divulgou o nome do proprietário das armas, que é policial militar. As armas estavam registradas. O PM é suspeito de ter financiado e estimulado os atos golpistas do ano passado.
Ontem, os agentes cumpriram 46 mandados de busca e apreensão, além de um outro de prisão preventiva. Além de Rondônia, as ações aconteceram nos seguintes estados: Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins e Santa Catarina, bem como no Distrito Federal.
“Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões”, afirmou a PF.
Na Bahia, o homem preso é o empresário Wagner Ferreira Filho, também apontado como um dos financiadores dos atos golpistas do 8 de Janeiro.
Segundo as investigações, ele teria pago pelo frete de um ônibus que saiu de Salvador e transportou os bolsonaristas até o Distrito Federal.
Além disso, as digitais de Wagner foram identificadas em uma esquadria de vidro do Salão Negro do Congresso Nacional. Essa prova indica uma participação ativa do empresário na invasão.
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