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PF aponta um dos responsáveis pela falta de planejamento da PM-DF no 8 de Janeiro

Segundo o portal ‘Metrópoles, a investigação identificou omissão do coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra

Atos golpistas em 8 de janeiro, em Brasília. Foto: Sergio Lima/AFP
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Trechos do relatório de análise da Polícia Federal (PF) sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro, divulgados nesta terça-feira 16 pelo portal Metrópoles, apontam um dos responsáveis pela falta de planejamento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no dia do ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

Trata-se, segundo a publicação, do coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que atuou como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF, em substituição ao coronel Jorge Eduardo Naime, que estava de folga no dia dos atos. 

De acordo com o site brasiliense, a PF analisou os materiais apreendidos com Paulo José Bezerra e concluiu que não houve um plano operacional para coibir os atos. “É verossímil acreditar que Paulo José agiu de maneira omissa, frente aos crimes praticados no dia do evento, ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal”, aponta o que seria um trecho do relatório. A PF teria constatado que as equipes de reforço só foram acionadas duas horas após o início dos ataques.

Ainda segundo a publicação, o coronel Paulo José tinha conhecimento do fato de que os ataques aconteceriam no dia 8 de janeiro. A coluna aponta que a PF teve acesso a diálogos entre ele e o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-titular do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR). Nas conversas, ambos tratam dos ataques futuros e subestimam as ações. “Muito barulho e pouca ação”, teriam dito.

Logo após o 8 de Janeiro, o então interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, exonerou Paulo José da Segurança Pública do DF.

Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de mensagem de Paulo José. Ele foi alvo da 5ª fase da Operação Lesa Pátria

Até o momento, o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra não se manifestou sobre a revelação. 

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