CartaExpressa
Petrobras informa que não atenderá demanda de combustíveis em dezembro
A empresa repete o cenário de novembro: ‘Considerando nossa capacidade de produção e oferta, o volume aceito foi inferior aos pedidos’


A Petrobras informou nesta sexta-feira 19 que não atenderá, em dezembro, 100% dos pedidos de distribuidoras por combustíveis. A empresa também afirmou que há outras companhias aptas a acolher a demanda adicional.
“Assim como no mês de novembro, os pedidos de diesel encaminhados pelas distribuidoras para o mês de dezembro foram atípicos e superiores ao mercado esperado para este período”, disse a Petrobras em nota enviada à agência Reuters. “Após avaliação de disponibilidade, considerando nossa capacidade de produção e oferta, o volume aceito foi inferior aos pedidos recebidos.”
Atualmente, a Petrobras opera com seu parque de refino com fator de utilização de aproximadamente 87%. No mês passado, quando a companhia informou que não poderia atender toda a demanda de novembro, a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom alertou para possível risco de desabastecimento.
Na ocasião, a Agência Nacional do Petróleo afirmou que não havia “indicação de desabastecimento no mercado nacional de combustíveis, nesse momento”. Declarou, ainda, que “segue realizando o monitoramento da cadeia de abastecimento e adotará, caso necessário, as providências cabíveis para mitigar desvios e reduzir riscos”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.