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Pela primeira vez desde 2019, S&P eleva perspectiva do Brasil de ‘estável’ para ‘positiva’

O movimento indica sinais de maior certeza sobre a estabilidade das políticas fiscal e monetária

Fernando Haddad e Lula. Foto: Nelson Almeida/AFP
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A agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil de estável para positiva nesta quarta-feira 14. A classificação positiva ao País não acontecia desde 2019.

O movimento indica sinais de maior certeza sobre a estabilidade das políticas fiscal e monetária, que podem acabar beneficiando o crescimento do Produto Interno Bruto do país.

“Nossa visão positiva baseia-se na perspectiva de que medidas contínuas para enfrentar a rigidez econômica e fiscal podem reforçar nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil e reduzir os riscos à sua flexibilidade monetária e posição externa líquida”, explicou a empresa em comunicado.

A agência também reafirmou o rating de crédito soberano, que é a condição do País de honrar seus compromissos financeiros, em “BB-“. A análise, no entanto, indica um ‘grau especulativo” e, segundo a agência, indica que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, ainda que enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

O cenário foi comemorado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que conversou com jornalistas ao deixar o prédio do ministério, nesta quarta.

“Passo importante. Depois de 4 anos, ter uma sinalização dessas. Gostaria de compartilhar com Congresso e o Judiciário. As iniciativas que estão sendo tomadas na direção correta de arrumar contas do Brasil e avançar com geração de emprego”, afirmou o ministro, ao citar nominalmente o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O ministro ressaltou o fato de a agência também ter mencionado em seu posicionamento o arcabouço fiscal proposto pelo governo em substituição ao teto de gastos de Temer (MDB).

“Menção ao arcabouço foi feita, à reforma tributária, de corte tributário. Tudo isso foi mencionado na nota. Importante que uma agência externa consiga observar esses avanços. Se mantivermos ritmo de trabalho, quero crer que vamos conseguir atingir objetivos”.

Questionado por jornalistas sobre a volta do grau de investimento, Haddad se mostrou otimista.”O Brasil vai retomar”, disse.

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