O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, minimizou a tentativa de militares de ficarem de fora do limite de gastos que o novo arcabouço fiscal pretende adotar. “Pedir não é pecar”, disse Múcio nesta sexta-feira 19, na saída do Palácio do Planalto.
“Cada arma tem procurado se defender do arcabouço. Aliás, vários setores estão tentando ficar de fora. O relator me telefonou dizendo que tem dificuldades nisso, que pode ser tratado noutra área a posteriori. Mas pedir não é pecar”, afirmou o ministro da Defesa.
Segundo o relatório divulgado na última segunda-feira 15 pelo deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), as despesas dos estabelecimentos federais de ensino militar ficaram de fora da regra fiscal. Uma das justificativas é que os alunos dessas escolas pagam mensalidades e que essa verba deve ter “neutralidade orçamentária”.
Na quarta 17, Cajado recebeu representantes da Marinha no gabinete da liderança do PP na Câmara para um encontro em que se discutiu a possibilidade de retirada das despesas com recursos dos fundos Naval, Aeronáutico e do Exército, que somaram 13,95 bilhões de reais em 2022. O encontro e o tema da reunião foram confirmados pela Marinha.
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