CartaExpressa

PEC no Senado quer vetar poder do STF no TSE e entregar controle ao Congresso

Na proposta do senador Márcio Bittar, congressistas seriam os responsáveis por determinar a maioria da composição do tribunal

PEC no Senado quer vetar poder do STF no TSE e entregar controle ao Congresso
PEC no Senado quer vetar poder do STF no TSE e entregar controle ao Congresso
Fellipe Sampaio/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O senador Márcio Bittar (União-AC) propôs uma emenda constitucional nesta segunda-feira que proíbe ministros do Supremo Tribunal Federal de assumirem cadeiras no Tribunal Superior Eleitoral. A pauta é assinada por outros 26 senadores da oposição ao governo Lula (PT).

Hoje, a Corte detém cinco das sete vagas no TSE. O projeto de Bittar propõe dar ao Congresso Nacional o poder de escolher quatro vagas do tribunal eleitoral. Ou seja: deputados e senadores seriam os responsáveis por determinar a maioria da composição do TSE – que julga causas eleitorais, muitas vezes envolvendo os próprios congressistas.

Além disso, a proposta acaba com a obrigação de que a presidência e a vice-presidência do TSE sejam ocupadas por ministro do STF e a Corregedoria Eleitoral por um ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Em sua justificativa, Bittar afirmou que a PEC é necessária para que seja eliminada a polêmica “que envolve a independência dos ministros do STF, ou sua eventual suspeição, ao julgar causas e fatos nos quais já atuaram em instância inferior”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo