Paulo Guedes não tem empatia pelos trabalhadores, diz Lula a metalúrgicos em Diadema

Para o ex-presidente, o ministro é o culpado pelas altas nos preços de combustíveis e alimentos no Brasil

Foto: Reprodução

Apoie Siga-nos no

Em conversa com metalúrgicos de uma fábrica em Diadema (SP), nesta sexta-feira 1º, o ex-presidente Lula criticou o atual ministro da Economia Paulo Guedes por ‘vincular tudo ao mercado internacional’ e não atuar para conter a alta de preços de combustíveis e alimentos no Brasil. Para Lula, falta ’empatia’ do ministro com os trabalhadores.

“Por que a nossa gasolina está 7 reais o litro? Por que o preço é internacional se nós somos autossuficientes e a gasolina é extraída dos poços brasileiros? Por que o gás tá 130 reais? Durante oito anos que eu governei a gente não aumentou o preço do gás. Por que agora tudo tá subordinado a moeda estrangeira?”, questionou Lula durante o discurso.

O ex-presidente afirmou aos trabalhadores que o culpado pelas altas nos preços seria Guedes e sua ‘falta de empatia’ com os mais pobres.

“A verdade é essa: olha o Guedes falando na televisão. Veja se tem alguma coisa pra vocês lá. Veja se tem alguma empatia com vocês. A verdade pra ele é essa: pra ele, pobre só tem valor em época de eleição”, explicou aos metalúrgicos.

Recentemente, o ministro afirmou que Lula, que não é presidente desde 2010, e o novo Bolsa Família, que ainda nem saiu do papel, eram os culpados pela alta taxa de juros no País. Na ocasião, o Comitê de Política Monetária havia elevado a taxa básica de juros, Selic, de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano.

No discurso em Diadema, o petista falou ainda da necessidade de trabalhadores elegerem representantes alinhados com a classe nas eleições em 2022.


“Qualquer matuto do campo sabe que não pode colocar raposa dentro do galinheiro. Não importa, pode ser a raposa com o rabo mais enfeitado, com o focinho mais bonito, se colocar ela dentro do galinheiro ela vai comer a coitada da galinha. E quantas raposas a gente coloca dentro do Congresso Nacional?”, questionou.

“E a gente coloca lá pra que? Pra votar contra a gente, pra acabar com direito trabalhista, pra fazer reforma da previdência e defender interesse do sistema financeiro. Ao invés de colocar raposa, temos que colocar bastante galinha e bastante galo e não acreditar nessa gente que mente descaradamente e compulsivamente”, acrescentou em tom de alerta.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.