CartaExpressa
Parlamentares vão ao TCU contra contratação de empresa para promover Bolsonaro no exterior
Para Alessandro Vieira e Tabata Amaral, a licitação do governo federal ‘provocará uma grave lesão ao patrimônio público’


O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) protocolaram uma representação no Tribunal de Contas da União em que pedem a suspensão da licitação do governo federal para a contratação de assessoria de imprensa para promoção do presidente Jair Bolsonaro no exterior, com pagamento previsto de 60 milhões reais.
Além da representação, os parlamentares entraram com uma ação popular na Justiça Federal do Dsitrito Federal contra o coordenador-geral de recursos logísticos do Ministério das Comunicações, Ivancir Gonçalves da Rocha, que assina o edital.
O objetivo da contratação, segundo o governo, é “fortalecer a imagem do Brasil como nação soberana e ressaltar o comprometimento do país com a democracia, a preservação do meio ambiente, a promoção dos direitos humanos, o combate à corrupção e à criminalidade e ao desenvolvimento econômico e social”.
No texto protocolado, Vieira e Tabata afirmam que o contexto previsto no edital, é “absolutamente mentiroso e falseado, em que se procura crer ao mundo que o Brasil tem sido um país diligente e amplamente preocupado com as questões ambientais sob o governo Bolsonaro”.
Para eles, a licitação – a maior já realizada no governo para esse tipo de serviço -, tem intenção claramente eleitoreira por parte do presidente e “deverá provocar uma grave lesão ao patrimônio público, além de malferir a moralidade administrativa”, por se basear em premissas falsas da realidade.
Leia os documentos:
TCU JMBAP JMB
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.