O Ministério do Planejamento aumentou de 107,6 bilhões para 136,2 bilhões de reais em 2023 a projeção para o déficit primário – o saldo entre despesas e arrecadação tributária do governo, sem contar os juros da dívida pública. Diante da atualização, a pasta indicou a necessidade de bloquear 1,7 bilhão de reais no Orçamento deste ano.
O governo cortou em 8,5 bilhões de reais a estimativa de receitas primárias neste ano, de 2,375 trilhões para 2,367 trilhões.
O bloqueio de 1,7 bilhão de reais em gastos não obrigatórios seria a forma de o governo não descumprir o teto de gastos, imposto ao País sob o governo de Michel Temer. A gestão Lula espera aprovar nas próximas semanas na Câmara e no Senado uma nova regra fiscal.
“Aumento na projeção de despesas obrigatórias indica a necessidade de bloqueio em despesas discricionárias, em igual valor”, informou a equipe econômica em comunicado.
Os detalhes sobre os ministérios a serem atingidos pelo bloqueio serão divulgados até o final de maio.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login