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Pacheco diz ser ‘inacreditável’ ter que rebater ataques ao sistema eleitoral em 2022

O presidente do Senado disse ainda que tema não deveria estar sendo debatido em meio a ‘todos os problemas do País’; ele, no entanto, não cita Bolsonaro ou seus aliados

Pacheco diz ser ‘inacreditável’ ter que rebater ataques ao sistema eleitoral em 2022
Pacheco diz ser ‘inacreditável’ ter que rebater ataques ao sistema eleitoral em 2022
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), usou as redes sociais nesta sexta-feira 13 para, novamente, rebater os ataques de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados às urnas eletrônicas. O parlamentar disse ser ‘inacreditável’ ter que ainda tratar do tema em 2022. A publicação, no entanto, não cita nominalmente o ex-capitão.

“É inacreditável que em 2022, com todos os problemas que temos no país, ainda seja necessário defender a democracia dos diversos ataques”, escreveu o senador.

“A democracia é a única forma de convivemos de forma harmônica e avançarmos como Nação. Não há outro caminho aceitável”, completou Pacheco em seguida.

Apesar de não citar diretamente Bolsonaro, as postagens ocorrem em meio a novos ataques do presidente ao sistema eleitoral brasileiro. O ex-caputão tem prometido que irá contratar uma auditoria para auditar as urnas, voltou a falar em contagem de votos e a colocar em xeque a segurança das eleições. As declarações são ecoadas pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas, o que aumenta o alerta sobre o risco de um novo golpe no País.

Na sexta-feira passada, Pacheco já havia rebatido afirmações de Jair Bolsonaro ao alegar que os questionamentos feitos pelo presidente sobre o sistema eleitoral atrapalhariam o bom andamento do pleito.

“Claro que todo questionamento institucional às instituições, questionamentos que não têm justa causa e que não tem lastro probatório ou legitimidade, são questionamentos que não contribuem e, consequentemente, podem sim atrapalhar o bom andamento das instituições”, respondeu o parlamentar ao ser questionado sobre as afirmações de Bolsonaro de que as eleições apresentariam indícios de fraude.

Pacheco deu a declaração enquanto ocupava o posto de presidente da República, já que tanto Bolsonaro, o vice, Hamilton Mourão, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estavam fora do país para driblar a legislação eleitoral. Na ocasião, também disse não ver necessidade de auditorias privadas nas urnas, já que o sistema de votação e contagem possuem transparência.

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