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Pacheco chama proposta de aumentar ministros do STF de ‘incoerente’; Lira diz que ‘não é o momento’

Em entrevista à Veja, Bolsonaro afirmou que deve avaliar a possibilidade de aumentar o número de ministros da Corte somente após as eleições

Pacheco chama proposta de aumentar ministros do STF de ‘incoerente’; Lira diz que ‘não é o momento’
Pacheco chama proposta de aumentar ministros do STF de ‘incoerente’; Lira diz que ‘não é o momento’
Luiz Fux, Arthur Lira, Jair Bolsonaro e Rodrigo Pacheco. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se manifestaram nesta terça-feira 11 sobre a proposta cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores de, em um eventual segundo governo, aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal.

Para Pacheco, a proposta é “incoerente” e traria mais gastos aos cofres públicos. Segundo ele, uma medida como essa deveria ser tomada após ouvir os integrantes da Corte.

“Me estranha muito exatamente neste momento estar se discutindo um tema dessa natureza. Me parece que isso é incoerente com a lógica dos que defendem uma redução da competência do Supremo”, afirmou Pacheco. “Há muitos que defendem uma redução dessa competência, que o Supremo se torne uma Corte constitucional, que se fortaleça as primeiras instâncias, então isso é incoerente com esse discurso.”

Lira, por sua vez, evitou falar sobre o assunto, sob a justificativa de ser o presidente da Câmara. Segundo ele, a discussão sobre a proposta é “inadequada”.

“Este assunto, neste momento, ele não é adequado. O adequado é a gente estar discutindo as propostas de cada candidato para o que vai fazer para o Brasil. A gente está perdendo oportunidades, nos momentos eleitorais, de discutir o país”, afirmou, em entrevista ao UOL. “Nós vamos discutir reformas, ou não? O que vamos fazer com a reforma trabalhista? O que nós vamos fazer com a reforma previdenciária?”

Em entrevista à Veja, Bolsonaro afirmou que deve avaliar a possibilidade de aumentar o número de ministros da Corte somente após as eleições e disse que sua decisão vai depender da temperatura no Supremo. O ex-capitão disse ainda que esta seria uma forma de “pulverizar o poder”.

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