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O que disse Mauro Cid em seu sétimo depoimento à Polícia Federal

O general fechou um acordo de delação premiada com a PF e, por isso, tem a obrigação de dar novas informações à polícia para que possa manter os benefícios do acordo

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
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O tenente-coronel Mauro Cid prestou um novo depoimento à Polícia Federal, na segunda-feira 11, que durou cerca de 8 horas.

Na nova oitiva, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou que o entorno do ex-presidente, incluindo ele próprio, já havia sido alertado de que os resultados das urnas eram confiáveis, sem que houvesse indicativo de fraude mas que, ainda assim, o grupo continuou se reunindo e tramando um golpe.

Em outros depoimentos, Cid já havia relatado um encontro entre o general Freire Gomes e os comandantes da Marinha, Almir Garnier; e da Aeronáutica, Baptista Junior, quando teria sido apresentada uma minuta golpista. Cid também teria relatado que Gomes se colocou contra o golpe, o que também foi afirmado por ele em oitiva à PF.

Cid Gomes também já havia implicado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe, dizendo ter sido ele quem convocou uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada para discutir detalhes sobre uma minuta que previa a realização de novas eleições e a prisão do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cid negou ter participado desse encontro.

É o sétimo depoimento que Gomes presta à PF, embora ele não seja investigado diretamente na operação que apura a suposta tentativa de golpe de estado. O general, no entanto, fechou um acordo de delação premiada com a PF e, por isso, tem a obrigação de dar novas informações à polícia para que possa manter os benefícios do acordo. A expectativa da PF era que o ex-ajudante de ordens trouxesse esclarecimentos após o depoimento de Freire Gomes aos investigadores.

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