Indicado pelo presidente Lula (PT) para o Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino evitou ao longo da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado se manifestar em detalhes sobre processos envolvendo Jair Bolsonaro (PL).
O senador Rogério Marinho (PL-RN) lembrou declarações críticas do ministro da Justiça ao ex-capitão e perguntou se Dino se declararia impedido de analisar ações contra Bolsonaro. O assunto também fez parte da intervenção do senador Magno Malta (PL-ES).
Inicialmente, Dino não quis responder diretamente sobre Bolsonaro. Depois, porém, disse ser necessário desfazer “uma confusão entre adversário político e inimigo pessoal”.
“Eu não sou inimigo pessoal de rigorosamente ninguém”, respondeu. “Falam ‘ah, o Bolsonaro’ etc. Eu almocei com o presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto. Ele me convidou e eu almocei com ele. Foi um almoço normal. Então, eu estive em várias reuniões com sua excelência. Era o presidente da República, e eu governava um estado.”
“Eu faço questão de sublinhar esses itens para deixar evidenciado que, se amanhã, qualquer adversário político que eventualmente eu tenha tido, em algum momento, chegar lá, por alguma razão – e eu espero que não chegue -, evidentemente terá o tratamento que a lei prevê, afirmo ao senhor.”
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