Em evento de lançamento do Novo PAC, nesta terça-feira 11, Lula (PT) aproveitou os minutos iniciais de seu discurso para fazer um novo aceno ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
Os dois vivem um impasse recente pela demora do petista em promover uma reforma ministerial, que irá integrar aliados do parlamentar ao governo. Enquanto espera, Lira optou por segurar as votações de projetos prioritários do governo. Ao falar de Lira, Lula não mencionou diretamente a situação, mas disse que seu governo precisa mais do deputado, do que o deputado precisa do seu governo.
“Arthur Lira não está está aqui como Arthur Lira, ele está aqui como presidente de uma instituição e é uma instituição que o Poder Executivo precisa mais dela, do que ela precisa do Poder Executivo”, iniciou. “Então, não é o Lira que precisa de mim, eu é que mando os projetos, então eu é que preciso dele para colocar os projetos em votação”, afirmou em seguida.
O aceno ao deputado, vale mencionar, ocorreu em meio ao pedido de Lula para que presentes parassem de vaiar o governador Cláudio Castro, um dos poucos governadores bolsonaristas no evento. Ao fazer o pedido, Lula disse se sentir incomodado com a atitude de aliados na plateia.
“Quando fazemos ato como esse não é para nós do PT, do governo, é para sociedade e temos que compor com quem faz parte da sociedade brasileira. O governador do Rio de Janeiro não está aqui porque quer, está porque nós convidamos. Todos estão porque convidamos”, disse.
“Me sentiria muito deprimido e constrangido se fosse em um ato convidado e me vaiasse. Ficaria constrangido, porque não é o governador, é a instituição que ele representa”, pediu em seguida, em defesa do político.
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