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O destino dos 4% de votos de Doria, segundo Antonio Lavareda, do Ipespe
Embora o tucano reunisse um contingente pequeno de eleitores, seu movimento pode impactar o desenrolar da eleição
A saída de João Doria (PSDB) da disputa pela Presidência da República pode beneficiar os candidatos mais competitivos e viabiliza politicamente o nome de Simone Tebet (MDB), embora não tenha potencial de torná-la uma postulante competitiva. A avaliação é do presidente do Conselho Científico do Ipespe, Antonio Lavareda.
Uma rodada da pesquisa Ipespe divulgada na última sexta-feira 20 mostra que o ex-presidente Lula (PT) segue na liderança da corrida eleitoral, com 44% das intenções de voto no primeiro turno. O seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), tem 32%. Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8%; Doria, com 4%; e André Janones (Avante) e Tebet, com 2% cada.
A CartaCapital, Lavareda afirmou ser provável que as intenções de voto em Doria se distribuam entre Lula, Bolsonaro e Ciro. Tebet, por sua vez, deve crescer pelo menos um ponto percentual.
“Acho que, como era um contingente modesto o de volume de intenções de voto dele, naturalmente isso não tem impacto expressivo – ou seja, a redistribuição, migrando para mais de um candidato, não vai ter nenhum impacto expressivo”, analisa o especialista. Segundo Lavareda, embora o desempenho de Doria não o credencie a mudar o estágio de outros candidatos, o tucano pode ter um peso sobre o desenrolar da disputa.
“À medida que vão saindo Doria, Mandetta, Huck etc., vai aumentando naturalmente a possibilidade de que a bipolarização se acentue e a eleição possa vir a ser resolvida no primeiro turno. Isso é aritmético. Diminuindo o número de candidatos, aumentam as chances de isso ocorrer.”
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