Durante o primeiro debate do segundo turno entre Lula e Bolsonaro, realizado na noite do domingo 16 pelo consórcio Band-UOL-Folha-TV Cultura, as campanhas e os veículos, como de praxe, mediram em tempo real a reação de eleitores declaradamente indecisos.
Há resultados para todos os gostos. A medição da AtlasIntel para os meios de comunicação apontava, por exemplo, uma clara vitória do petista: 52,6% contra 31,6%. Outros 15,8% não souberam indicar um vencedor. Em grupos focais monitorados pela campanha petista, a vantagem não pareceu tão nítida.
Os indecisos, no fim das contas, não gostaram do que viram, de um lado e de outro. O ex-presidente, segundo a percepção desses eleitores, saiu-se melhor no primeiro bloco. O jogo teria ficado mais equilibrado no segundo e, no último, por conta do que muitos consideram um erro estratégico de Lula, Bolsonaro teria levado pequena vantagem ao contar com seis minutos livres para despejar o conjunto de ideias desconexas que embasam seu discurso: “ideologia de gênero”, religião, segurança pública, família etc.
A boa notícia para o petista: o empate é bom para quem lidera as pesquisas. Outra: não se sabe a esta altura qual o verdadeiro impacto de um debate televisivo nas intenções de votos.
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