Citada na CPI da Covid-19 como articuladora de uma alegada tentativa de alterar a bula da cloroquina, a oncologista Nise Yamaguchi afirmou que a declaração do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres “não representa a verdade”.
O presidente da Anvisa disse à CPI que sua reação à sugestão de alterar a bula da cloroquina foi “imediata” no sentido de que “aquilo não podia acontecer”. Ele não indicou o responsável pela ideia, mas apontou a ‘mobilização’ de Yamaguchi.
“Esse documento foi comentado pela doutora Nise Yamaguchi, o que provocou uma reação até um pouco deseducada ou deselegante minha”, relembrou. “Quando houve uma proposta de uma pessoa física de fazer isso, me causou uma reação mais brusca. A reunião não durou mais depois disso.”
Defensora da cloroquina e cotada para assumir o Ministério da Saúde, ela disse (em nota e sem citar o medicamento) que “já existem evidências científicas comprovadas para o uso de medicações que possam auxiliar no combate às fases iniciais da COVID-19”.
Ela também afirma que, caso fosse convocada à depor na CPI, prestaria esclarecimentos aos senadores.
Nise Yamaguchi já é alvo de três requerimentos de convocação. Os três foram apresentados pelos governistas Ciro Nogueira (PP), Jorginho Mello (PL) e Marcos Rogério (DEM).
A intenção era ouvi-la sobre as benesses da cloroquina. Mas ela deve agora ser confrontada com as afirmações de Barra Torres
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