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Neta de ministro de Hitler quer criar ‘internacional conservadora’ com Bolsonaro

Beatrix von Storch esteve recentemente no Brasil quando tratou do seu plano com o presidente

Bolsonaro ao lado de Beatrix Von Storch, neta do ministro de Finanças do regime nazista, Lutz Graf Schwerin von Krosigk. Foto: Reprodução
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A deputada da ultra-direita alemã Beatrix von Storch, que esteve recentemente no Brasil — e visitou o presidente Jair Bolsonaro, seu filho Eduardo e alguns outros aliados — revelou planos de criar uma ‘internacional conservadora’ com a participação do ex-capitão.

A ideia foi mencionado em entrevista da alemã à BBC Brasil, publicada nesta quarta-feira 25.“Há muito tempo existe uma internacional socialista. Precisamos de algo como uma ‘internacional conservadora’”, respondeu a parlamentar, que é neta do ministro de finanças do regime nazista, Lutz Graf Schwerin von Krosigk.

Segundo von Storch, o Brasil é ‘uma potência global e um aliado estratégico’ para este eventual grupo global conservador – que atuaria, segundo disse à BBC, como “uma rede de troca de informações, discussão de estratégias e possíveis soluções para problemas internacionais.”

Na entrevista, a representante da ultradireita chamou Bolsonaro de ‘líder conservador mais importante do mundo ocidental’ desde a saída de Donald Trump e explicou que o objetivo é evitar a influência da esquerda nos Países que integrariam o grupo.

De acordo com a alemã, as esquerdas tentaram usar o fato de que seu avô era nazista para sabotar a criação do grupo. “Eles temem que essa cooperação internacional conservadora possa levar a uma promoção muito mais eficaz dos valores cristãos e conservadores no mundo ocidental. Isso limitaria a capacidade da esquerda de pressionar nossas instituições democráticas e influenciar a política.”

A intenção de contar com Bolsonaro teria sido tratada no encontro da deputada com o presidente brasileiro, como indicou ela própria em artigo publicado logo após a reunião. Escreveu ela: “Se os conservadores não trabalharem juntos globalmente, vão sempre estar em desvantagem e perder a disputa. O governo Bolsonaro já entendeu isso e está aberto a cooperações com conservadores de outros países.”

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