‘Nem sabia que eram 56’, diz secretário de Tarcísio sobre mortes em operação da PM em São Paulo

A Operação Verão, a mais letal desde o Massacre do Carandiru, acumula denúncias de execuções e torturas

Senhores do caos. O governador Tarcísio de Freitas confiou a pasta da Segurança Pública a Guilherme Derrite, oficial da reserva da PM e ex-comandante da Rota – Imagem: Mastrangelo Reino/GOVSP e Francisco Cepeda/GOVSP

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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta terça-feira 2 que não sabia o número de mortes na Operação Verão, finalizada na segunda 1º.

A ação da Polícia Militar na Baixada Santista, a mais letal desde o Massacre do Carandiru, em 1992, deixou 56 mortos e acumula denúncias de execuções, torturas, invasões a domicílios e abordagens truculentas. Somada à Operação Escudo, que resultou em 36 vítimas no ano passado, são mais de 80 mortes.

“Eu nem sabia que eram 56”, afirmou o secretário de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma agenda com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). “Infelizmente são 56. Para mim, o ideal é que não fosse nenhuma.”

Questionado sobre as mortes, Derrite afirmou que um jornalista “talvez tenha se esquecido de mencionar os policiais que faleceram cumprindo sua missão”. Segundo ele, “essa é a vida real, não o mundo utópico de ‘olha, teve número xis de mortes”.

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