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‘Não vejo conflito ético ou moral’, diz Barroso sobre possível indicação de Zanin ao STF

O advogado é o favorito a ser escolhido pelo presidente Lula para ocupar a vaga do recém-aposentado Ricardo Lewandowski

‘Não vejo conflito ético ou moral’, diz Barroso sobre possível indicação de Zanin ao STF
‘Não vejo conflito ético ou moral’, diz Barroso sobre possível indicação de Zanin ao STF
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta terça-feira 18 não ver conflito ético na possível indicação de Cristiano Zanin para uma cadeira na Corte.

Aos 47 anos, Zanin é o favorito a ser escolhido pelo presidente Lula para ocupar a vaga do recém-aposentado Ricardo Lewandowski. Ele chegaria ao STF após anos de projeção como advogado do petista nos processos da Lava Jato. Partiu de Zanin, por exemplo, o habeas corpus impetrado na Corte em 2021 que resultou na anulação das condenações de Lula, com o reconhecimento da incompetência e da suspeição do então juiz Sergio Moro.

“Não vejo nenhum conflito ético, nem moral, nem violação da impessoalidade”, disse Barroso em entrevista ao UOL. “É um advogado que desempenhou o trabalho quando tudo parecia perdido, quando tudo estava ladeira acima. Ele tem virtudes profissionais. Eu acho que não haveria nenhuma implicação ética.”

A legislação estabelece que membros do Poder Judiciário, a exemplo de ministros do STF, serão aposentados compulsoriamente ao completarem 75 anos. Zanin nasceu em 15 de novembro de 1975 – completará em 2023, portanto, 48 anos. Ele poderia permanecer na Corte pelos 27 anos seguintes.

Há, no entanto, a possibilidade de o Congresso Nacional estabelecer o fim dos mandatos vitalícios para magistrados do Supremo. Em diferentes oportunidades nos últimos meses, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse considerar legítima a discussão sobre mandatos para ministros.

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