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‘Não vai acontecer nada’, diz Mourão sobre julgamento que pode cassar a chapa com Bolsonaro

O TSE julga nesta terça-feira 26 duas ações sobre abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições

Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O vice-presidente Hamilton Mourão disse não temer o julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral, de duas ações que podem levar à cassação de sua chapa com Jair Bolsonaro. A análise na Corte começará nesta terça-feira 26.

“Não vai acontecer nada”, previu Mourão nesta segunda, ao chegar ao Palácio do Planalto. “Ou alguém vai pedir vista para continuar segurando a espada de Dâmocles na nossa cabeça ou seremos inocentados, porque as acusações que estão sendo colocadas ali não procedem.”

A chapa Bolsonaro/Mourão é alvo de uma investigação por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2018.

Na semana passada, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, confirmou a data do julgamento, dias após o corregedor-geral do tribunal, Luís Felipe Salomão, liberar os processos. Em 14 de outubro, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, afirmou em parecer que os elementos reunidos não apontam que tenha havido “desequilíbrio” nas eleições a ponto de justificar a cassação da chapa.

Em suas considerações finais encaminhadas ao TSE, Mourão declarou que não participou de qualquer esquema de disparo em massa de mensagens às vésperas do pleito. Alegou, também, não ter envolvimento com bolsonaristas investigados no Inquérito das Fake News, que tramita no Supremo Tribunal Federal.

Segundo Barroso, em entrevista ao UOL, “a discussão que está nessas ações é de que havia uma resolução do TSE vedando os disparos em massa – mandar publicidade eleitoral para quem não solicitou e fazer isso por intermédio de empresas”. Assim, os ministros analisarão “se houve violação dessa regra que proibia os disparos em massa.”

“Não faço prognóstico. O que posso dizer é que processo é prova. Se tem prova, você julga em um sentido. Se não tem, você julga em outro sentido. Eu vou estudá-lo no fim de semana”, desconversou o presidente do TSE. “A minha posição é baseada na prova que tenha sido produzida.”

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