O ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, negou nesta quarta-feira 8 que as Forças Armadas tenham demorado a agir para tentar encontrar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, desaparecidos na Amazônia.
“Tão logo surgiu a notícia, passei uma mensagem ao grupo dos comandantes das Forças e mandei imediatamente colocar o que tinha de perto à disposição”, afirmou Oliveira. Segundo ele, a área do desaparecimento é “crítica, muito sensível, tem muito problema”.
O ministro admitiu: “A gente não tem a noção do que pode ter acontecido”.
Oliveira, ex-comandante do Exército, participou de uma audiência na Câmara dos Deputados sobre a compra de Viagra e próteses penianas pelas Forças Armadas.
Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Pereira e Phillips foram vistos pela última vez quando chegaram à comunidade Ribeirinha São Rafael por volta das 6h do domingo 5. Na sequência, partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.
Nesta quarta, a Justiça determinou que a União reforce as buscas no Amazonas. A decisão, proferida pela juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas, considerou que há baixa proteção e fiscalização no local e um “contexto de omissões” pelo Estado.
Mais cedo, a Polícia Militar prendeu um suspeito de envolvimento no desaparecimento. Entidades locais relataram que o suspeito é conhecido como Amauri e tem histórico de ameaças a Pereira e a indígenas da região.
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