Política

Marinha paga para aprender a produzir Viagra enquanto Exército já detém a tecnologia, acusa deputado

A Câmara recebeu nesta quarta o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, na Comissão de Fiscalização e Controle

Foto: Reprodução
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O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) afirmou nesta quarta-feira 8, em sessão na Câmara, que a Marinha pagou pela transferência de tecnologia para a produção de Viagra, enquanto o Exército já detém os recursos e o conhecimento necessários.

A Câmara recebeu nesta quarta o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, na Comissão de Fiscalização e Controle, para explicar as compras de Viagra e próteses penianas pelas Forças Armadas. Segundo Nogueira, ex-comandante do Exército, as aquisições “atenderam todos os princípios de eficiência da Administração Pública”.

Elias Vaz afirmou que o Exército homologou, em abril deste ano, a compra de 75 quilos do princípio ativo Sildenafila para a produção de Viagra, o que indica que a Força já possui a tecnologia necessária para produzir o medicamento.

“Enquanto isso, a Marinha, na compra de 11 milhões de comprimidos, gastou mais de 33 milhões de reais”, declarou o pessebista. “Esse custo cairia para 200 mil se o Exército tivesse compartilhado o conhecimento com a Marinha”.

Os 11 milhões de comprimidos, segundo o deputado, constam de um contrato firmado entre o Comando da Marinha e o laboratório EMS S/A. As cápsulas de 20, 25 e 50 miligramas teriam sido adquiridas entre 2019 e 2022.

“A desculpa para pagar a mais seria a transferência de tecnologia, que nada mais é que o laboratório EMS ensinar ao laboratório da Marinha as ferramentas para produzir o Viagra. Mas essa desculpa cai por terra quando constatamos que o Exército já sabe fazer isso.”

Na sessão da Câmara desta quarta, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira declarou que os militares, como qualquer cidadão, “têm direito a atendimento médico especializado”.

“Assim, possuem acesso a consultas de qualidade e procedimento médico, hospitalar e dentário, para o qual contribuem mensalmente, e coparticipam de despesas em caso de procedimentos, exames e internações.”

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