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‘Não recebi nenhuma orientação de Ciro’, diz líder do PDT sobre PEC dos Precatórios

Segundo Queiroz, a posição do PDT era de conhecimento público e, ainda assim, Ciro não fez ‘nada’ para reorientar os deputados

Deputado Wolney Queiroz (PDT-PE). Najara Araujo/Câmara dos Deputados
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O líder do PDT na Câmara, deputado Wolney Queiroz (PE), respondeu às ameaças de Ciro Gomes de suspender sua candidatura à Presidência se o partido não mudar de posição na votação de segundo turno da PEC dos Precatórios. Conforme registrou o jornal O Globo desta sexta-feira 5, o parlamentar diz que nunca recebeu nenhum ‘recado’ de Ciro sobre sua posição contra o texto e, portanto, apenas seguiu o acordo feito pela bancada.

Ainda segundo Queiroz, a posição do PDT em favor da PEC dos Precatórios era de conhecimento público e, ainda assim, Ciro não fez ‘nada’ para reorientar os deputados.

“A votação dessa PEC era assunto predominante nos noticiários. A imprensa especializada já anunciava que PDT e PSB poderiam votar a favor da PEC. Apesar disso, não recebi do presidente Ciro um telefonema, um e-mail, uma mensagem, um recado. Nada. Rigorosamente nenhuma orientação”, escreveu o parlamentar em justificativa encaminhada aos colegas de Câmara.

O líder do PDT explicou ainda que o próprio irmão de Ciro, senador Cid Gomes (CE), participou de um dos encontros que ajudaram a bancada a chegar na posição favorável à proposta. Na ocasião, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também teria concordado com a decisão.

O ‘sinal verde’ para apoiar o texto teria sido dado após reunião garantiu que as dívidas com professores seriam pagas de forma a não prejudicar a categoria. O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) teria negociado com os representantes da categoria e defendido o voto favorável à proposta. Na hora da votação, porém, Alencar votou contra o texto.

“Iniciamos a votação isolados na oposição. Porém, nada mais poderia ser feito. Não temos por hábito decidir nossos votos pela orientação do PT e seus coligados. Nem tenho costume de descumprir o que foi combinado. O cumprimento dos acordos é regra de ouro do Parlamento”, diz o líder do PDT antes de ‘deixar seu cargo’ à disposição da legenda.

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