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Não pode haver desoneração da folha sem contrapartida aos trabalhadores, diz Lula

Setores impactados dizem que o veto coloca empregos em risco; para o presidente, porém, não há garantia de que o benefício amplia postos

O presidente Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) declarou nesta quarta-feira 29 que um dos motivos para seu veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos é a falta de contrapartida aos trabalhadores. 

“A empresa deixa de contribuir sobre a folha e o trabalhador ganha o quê? Não tem nada escrito que ele vai ganhar 1 real a mais no seu salário”, afirmou o petista, em coletiva de imprensa.  

Com a desoneração, empresas de 17 setores pagam uma alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Sem o projeto, teriam de arcar com impostos de até 20% sobre a folha.

Após o anúncio do presidente, centrais sindicais e setores impactados se manifestaram contra o veto, alegando que a ação poderia reverter a trajetória do desemprego no País, que segue em queda, e precarizar os postos de trabalho existentes. A tendência é que o Congresso derrube o veto de Lula. 

O presidente voltou a reforçar que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar um conjunto de medidas para equilibrar a situação dos setores beneficiados com a desoneração.

“Com a desoneração da empresa, para você melhorar a renda da empresa, é importante garantir emprego para os trabalhadores, e a lei não diz absolutamente nada”, emendou Lula.

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