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‘Não me arrependo’, diz pastor atacado por afirmar que a igreja tem de ‘pedir perdão’ a Lula

Sergio Dusilek teve de renunciar ao posto de presidente da Convenção Batista Carioca

Foto: Reprodução
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Após dizer que “a Igreja tem de pedir perdão ao presidente Lula”, o pastor Sergio Dusilek, que teve de renunciar ao posto de presidente da Convenção Batista Carioca, afirmou que “se tivesse falado do Bolsonaro, não teria acontecido nada disso”. Ele garante não se arrepender das declarações.

Em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda-feira 19, Dusilek relatou a pressão e os ataques recebidos após as declarações favoráveis ao petista e revelou a sugestão, a partir de uma amiga, de “andar com segurança”.

O episódio ocorreu em 9 de setembro, quando Lula participou de uma agenda com pastores em São Gonçalo (RJ). Em sua participação no evento, Dusilek também disse que o ex-presidente “não foi só alvo da injustiça do Judiciário brasileiro, mas tem sido alvo da injustiça do clero brasileiro”.

“Eu falei por mim, como pessoa física. Estava em um ambiente que não é religioso, era um clube, que eu nem sabia que existia”, explicou ao Globo. “Eu não me arrependo do que eu falei. Eu fico muito triste, pois eu não tinha intenção de ferir as pessoas, mas o fato de elas ficarem feridas, para mim, é um sinal de que o que eu disse estava certo.”

No comício com evangélicos, Lula deixou claras as suas intenções logo no início de sua contribuição: “vencer no primeiro turno”. A tônica já havia sido antecipada nos primeiros minutos do ato. Ao subir no palco, o pastor Alair Lima, da Igreja Batista de Jardim Alcântara, destacou que “sua missão” desde que decidiu apoiar o candidato do PT tem sido desmentir boatos de que evangélicos não podem votar na esquerda e, com isso, ajudar a sacramentar a vitória de Lula já na primeira rodada.

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