O presidente do Superior Tribunal Militar, Joseli Camelo, afirmou não acreditar na possibilidade de anistiar militares que tenham participado de planos golpistas, conforme indicação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
“Até mesmo porque foi um caso muito sério e, se comprovados todos esses dados, eu tenho a impressão de que teremos a condenação. Se não forem comprovados, vamos ter a absolvição. Mas a anistia eu acho muito pouco provável que aconteça”, disse Camelo, em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira 27.
Segundo ele, as investigações sobre conspirações golpistas tramitam “dentro do devido processo legal” e não há disposição em prol da anistia no Supremo Tribunal Federal ou no Congresso Nacional.
As discussões ganharam um novo impulso com a notícia de que a delação de Cid envolve militares em uma tentativa de golpe ao lado de Jair Bolsonaro.
À Polícia Federal, o tenente-coronel confirmou que o então presidente da República se reuniu com representantes do Alto Comando das Forças Armadas para discutir detalhes de uma minuta que inviabilizaria a posse de Lula.
Segundo a delação de Cid, apenas o almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria apoiado a ideia de golpe. O então chefe do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, afirmou por sua vez que não embarcaria no plano, segundo o tenente-coronel.
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